AMO, LOGO CORRIJO
Faz parte do nosso papel como pais corrigir e guiar nossos filhos. É uma tarefa interminável e constante, porém, não precisa ser pesada. Apontar o caminho a seguir é um ato de amor.
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Quando corrigimos nossos filhos, ajudamos a desenvolver valores e senso de autorresponsabilidade neles. É uma das formas de educá-los e de exercermos nossa autoridade, com disciplina e amor. Cada um de nós usa suas próprias habilidades para conduzir esses momentos do melhor jeito possível. Nem sempre acertamos, muitas vezes nos sentimos frustrados com o desenrolar desse processo, nos cobramos... isso tudo faz parte. Afinal, estamos lidando com seres humanos, que são complexos e distintos entre si, por natureza. É necessário persistir e estar presente para conseguir se adequar ao outro, para se colocar em situação de escuta e de comunicação ativa com nossos filhos.
Os meios como vamos corrigir e aconselhar podem variar. Eu parto do princípio que nós, como pais que amam incondicionalmente os filhos, vamos buscar agir de forma respeitosa. Mas, como já disse antes, cada um vai usar suas habilidades individuais para fazer isso. Então, alguns pais são mais enérgicos, outros mais calmos, há quem tenha muita paciência e ainda os que têm muita dificuldade em lidar com conflitos. Ao passo que vamos vivenciando a parentalidade, vamos nos transformando, aprendendo e descobrindo as melhores formas de agir em cada situação.
O que precisa ser consolidado dentro de nós é a origem do ato de corrigir. Não fazemos isso para que nossos filhos não sejam mal-educados, para que não se machuquem, para que aprendam a ter responsabilidade e etc. Essas são algumas consequências, ou melhor, alguns dos frutos gerados neles.
A verdade é que corrigimos nossos filhos porque eles são amados! Porque eles merecem ser guiados, merecem ter oportunidades de errar e acertar, merecem ter pessoas que estarão ao lado deles apoiando e apontando o caminho a seguir.
É claro que, como pais, no fundo, nós sabemos disso! Mas é necessário que esse seja o foco principal quando estamos nesse papel de educadores.
Quando partimos desse lugar de amor, desse lugar que valoriza cada filho como um ser único e especial, ganhamos força e autoridade. Nossas palavras têm mais peso, pois elas são geradas em amor. E isso é uma construção diária. Nossos filhos não podem ter dúvidas quanto ao que nos motiva a agir. É claro que podemos sempre melhorar a forma como nos comunicamos com eles, o modo como apontamos as nossas correções. Mas o ato de corrigir deve ser uma expressão do nosso amor por eles.
Com as intensas demandas do cotidiano, infelizmente, fazemos muitas coisas de modo automático. E até na hora de educar, corrigir ou repreender nossos filhos, isso também acontece. Quando agimos assim, acabamos dando mais valor aos comportamentos e ações dos nossos filhos do que, de fato, a quem eles são, à identidade deles, que está sendo construída dia após dia. Devemos aproveitar inclusive esses momentos de correção para fortalecê-los internamente.
Disciplinamos nossos filhos com amor para que eles entendam que precisam sim de direção e que podem confiar em nós. Nossa autoridade como pais deve ser uma referência para eles, estando sempre ligada ao respeito e à certeza do nosso amor.
Não é fácil ser corrigido. Nós mesmos, como adultos, podemos nos sentir desencorajados quando somos repreendidos. Mas quando sabemos que a intenção é nos levar a colher bons frutos, nos tornamos gratos. O mesmo acontece com nossos filhos. Por mais que possa parecer difícil ouvir palavras contrárias ao que estão fazendo, quando eles entendem que elas vêm de um lugar de autoridade e amor, os laços de confiança entre pais e filhos se estreitam.
Então, não é sobre quais palavras usar ou sobre quando vamos disciplinar nossos filhos, mas sim sobre estabelecer uma relação de confiança, onde nossa autoridade como pais está revestida de puro amor. É por esse motivo que precisamos manter firme dentro de nós a origem das nossas correções. Não estamos corrigindo ações ou comportamentos simplesmente, estamos ajudando a guiar o caminho e a construir a identidade de nossos filhos. Somos seu porto seguro, em quem podem confiar. E isso deve estar sempre claro para nós e também para eles.
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